Tudo o que em torno de nós navega,
Tudo o que à nossa volta nos olha,
Tudo! Da terra, ao caminho, à folha,
Ao fogo apagado que ainda fumega.
À rua triste que se perde no vento.
Que vagueia no vazio de quem passa.
Ao virar a esquina se desgraça
E se deixa arder num fogo lento.
Que momento!...Só os fogos tantos!
A noite cai depressa e ardente,
E o sisudo mendigo além a frente
Que resmunga os seus tantos prantos
E balança ao som de falsos cantos,
É a glória deste pouco de gente.
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